Uma grande vantagem da transformação digital pela qual as empresas vêm passando e que já é uma realidade no dia a dia dos indivíduos, é a possibilidade de conhecer melhor o seu público-alvo, usuário ou consumidor por meio de seus hábitos. Aqui no blog da MEGA já falamos brevemente sobre a importância de conhecer seu target. Agora, vamos explicar melhor como fazer a coleta de dados do usuário de forma correta.
Para começar você sabe o que é coleta de dados?
Como o próprio nome sugere, a coleta de dados é nada mais do que captar informações sobre o seu público. Esse tipo coleta tornou-se mais fácil com a popularização das redes sociais, dos aplicativos e da internet em geral. Por meio da geolocalização, dos hábitos digitais e até das amizades nas redes sociais, é possível conhecer muito sobre o seu target.
Para muitos, a coleta de dados é bastante polêmica. Isso acontece exatamente porque, ao coletar dados do usuário, uma empresa pode saber muito sobre ele. Dessa forma, muitos acreditam que podem ter sua privacidade invadida, falta de segurança, etc.
Estatísticas mostram que há muitos usuários, por exemplo, que desistem de se cadastrar em um site ou app mobile ao perceber que é necessário um cadastro mais completo.
Mas a grande verdade é que essa é a melhor forma de conhecer seu consumidor ou usuário. Se você, como empresa, entende como fazer a coleta de dados do usuário de forma ética e transparente, só tem a ganhar.
Existem diversas maneiras e dicas de como fazer a coleta de dados do usuário da melhor maneira. Mais à frente nesse artigo, vamos falar mais sobre transparência na coleta de dados, melhores práticas. Você também vai ver como segmentar esses dados para obter melhores resultados.
A primeira decisão: devo mesmo fazer coleta de dados do usuário?
É importante que as empresas entendam o quanto a coleta de dados pode melhorar a própria experiência do usuário. Seja um app, uma marca, uma loja ou serviço, sua empresa poderá conhecer o consumidor e apresentar melhorias para ele. Conhecer os hábitos de quem utiliza seu produto ou serviço é oferecer também um benefício a ele próprio.
Além disso, outro motivo quase óbvio para investir na coleta de dados é o marketing. A partir do momento que você tem os dados em mãos, saberá agir de forma mais assertiva. Você sabe quem é seu usuário, do que ele gosta, o que consome e faz, e pode oferecer exatamente aquilo que ele procura.
Mostre que a coleta de dados é importante também para o usuário
São muitas as pessoas que não entendem a relevância de fornecer seus dados. A maioria das pessoas fica até um tanto incomodada, como dissemos. Não podemos culpa-las, visto que hoje existem muitas empresas utilizando práticas antiéticas de coleta de dados.
Mas existem formas de mostrar a relevância da coleta de dados também para o usuário. Você deve deixar claro que a sua posse dos dados do usuário trará para ele um impacto positivo.
Como fazer isso? São diversos os argumentos:
– Melhorias cada vez mais impactantes na experiência do usuário;
– No caso de dados de geolocalicação, a possibilidade de oferecer benefícios e descontos de acordo com o lugar onde o usuário se encontra;
– Promoções e comunicações personalizadas de acordo com hábitos, gostos, data de aniversário, dentre muitos outros detalhes;
– Possibilidade de desenvolver novos produtos e serviços que serão de interesse do usuário.
É como dissemos: apesar se ser considerada invasiva por alguns, a coleta de dados é extremamente importante. Cabe às empresas entender que existem diversas maneiras de como fazer a coleta de dados do usuário com transparência. É sobre isso que não podemos deixar de falar no próximo tópico.
Transparência na coleta de dados do usuário
Ao cogitar iniciar o uso de coleta de dados, saiba: você precisa ser transparente com o seu consumidor ou usuário. Isso quer dizer que ele precisa saber que você está coletando informações. Esse é o princípio da transparência, que influencia muito em como fazer a coleta de dados funcionar bem para você.
Não queira ser “espertinho”, uma vez que você perde a confiança de um cliente, em tempos de redes sociais e influência digital, sua empresa pode nunca mais se recuperar.
Um bom exemplo de transparência é informar, por exemplos, que seu site utiliza cookies. Em casos mais específicos, um checkbox onde o usuário entende os termos de uso do seu serviço e deve aceita-los para continuar. Esse é o caso do Facebook, por exemplo, que é um dos grandes coletores de dados da rede mundial.
Consentimento, acesso, correção e opt out
Essa questão dos termos de uso que citamos acima, envolve outro princípio ético, o do consentimento. Não é muito chato quando você começa a receber e-mails de um site onde nunca de cadastrou? Além de super incômoda, essa prática é bastante antiética. É por isso que é importante que o usuário possa ter um opt in e um opt out da sua lista de e-mails, por exemplo.
Isso quer dizer, que o usuário deve ter a opção de aceitar ou não o tratamento dos seus dados por qualquer empresa que seja. E também de deixar de compartilhá-los quando assim o desejar. Tratando-se de cadastros, é importantíssimo ainda que usuários possam acessar e corrigir seus dados na base em que está cadastrado.
Finalidade da coleta de dados
Por fim, é essencial deixar claro ao usuário/consumidor a finalidade dessa coleta de dados que está sendo realizada. Isso quer dizer: por que você está coletando? Qual será o uso que dará a esses dados? Assegure ao usuário que os dados dele somente serão utilizados para a finalidade que ele está autorizando.
Por exemplo, se você coletou o e-mail de um usuário para envio de newsletter do seu site. O usuário espera receber apenas e-mails de newsletter do seu site. Você não tem o direito de vender seu mailing ou fornecer a sites parceiros, a não ser que o usuário tenha consentido.
Da mesma forma, não é interessante comprar um mailing de outros sites ou empresas. Além de irritar o usuário que não te autorizou a enviar e-mail para ele, você corre o risco de ir parar em lixeiras e caixas de spam.
É importante entender como fazer a coleta de dados de forma ética e transparente, pois isso evita muitas dores de cabeça. Realizar a coleta dentro desses princípios te mantém dentro da lei e evita suspensões de permissões e bancos de dados.
Essas punições são reais e hoje existem leis que protegem o consumidor contra a coleta e utilização indevida dos seus dados. São elas:
– Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990),
– Lei do Cadastro Positivo (Lei nº 12.414/2011),
– A Lei do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014).
– Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/13)
Se você não conhece todas essas leis, vale a pena dar uma conferida. Enquanto isso, use do bom senso. É só sair por um minuto da posição de empresa e pensar como usuário (que todos somos). Pense nos tipos de coletas que você acha invasivos, nos e-mails que recebe sem ter se cadastrado, nos seus dados que estão mais expostos… Veja o que te incomoda como consumidor e você saberá o que fazer e o que não fazer com os dados dos seus clientes.
Como fazer a coleta de dados com segurança e praticidade?
Agora que você já entende os princípios éticos da coleta de dados, podemos falar sobre como fazer a coleta de dados de maneira mais prática. Esse conhecimento das formas existentes de coletar dados é importante até mesmo para traçar estratégias. Vamos lá!
Utilize o Google e o Facebook para facilitar a coleta de dados
Uma das formas mais comuns de fazer coleta de dados ultimamente é o uso dos cadastros já existentes do usuário no Google e no Facebook. Essa prática facilita a vida do usuário, que só precisa mesmo de alguns cliques para fazer login e autorizar o uso dos seus dados. Isso evita desistências no meio do formulário de cadastro, por exemplo.
O Google e o Facebook são hoje uma ferramenta rápida, fácil e confiável para realização de coleta de dados. Mais uma grande vantagem é que eles próprios já deixam o usuário ciente de quais informações serão fornecidas.
Escolha como fazer a coleta de dados mais eficiente
Por eficiência entenda: coletar dados que você realmente vai utilizar. Quais serão esses dados, vai depender do seu objetivo. Você pode escolher coletar dados mais básicos de cadastro, como nome, aniversário e e-mail.
Para ações mais específicas, você pode coletar dados demográficos mais complexos. Já para promover estratégias, pode coletar hábitos de uso do dispositivo móvel, e até mesmo áreas de interesse.
Novamente reforçamos: só colete do usuário dados que realmente precisar para realizar ou melhorar seu serviço. Deixe claro os motivos e finalidades da coleta e, assim, garanta a relação de confiança com o seu consumidor.
Como fazer a coleta de dados ser usada de forma efetiva
Você já entendeu: não basta coletar dados. É necessário entender como fazer a coleta de dados funcionar para você e colocar isso em prática. Uma das melhores formar para utilizar esses dados de forma efetiva, certamente é a segmentação dos dados.
O marketing de dados é eficiente porque pode cruzar diversas informações e te ajudar a traçar o perfil do seu usuário ou cliente. Esse cruzamento de dados vai dizer muito não só das informações mais básicas que já dissemos. Você pode entender o comportamento de consumo, perfil e hábitos do seu target.
Dados coletados por meio cookies, por exemplo, podem informar os hábitos de navegação do seu usuário. Localização, comportamento dentro de cada página, datas e horários de acesso, tipo de dispositivo usado para o acesso… São muitas as possibilidades.
É assim que você pode definir, talvez, se é hora de melhorar o seu site, de investir no desenvolvimento de um aplicativo mobile…
Conhecendo essas informações, pode ser possível até identificar a persona do seu público e passar a direcionar melhor a sua comunicação a ele.
Segmentação de dados na prática
Pense bem, você acaba de visitar um site e clicar em um aparelho de TV que pretende comprar. Aí você pensa melhor, acha que o preço ou as condições de pagamento não estão ideais, fecha o site segue com sua vida. Quer dizer… Você tenta seguir. Agora, essa TV aparece para você em todos os anúncios, com diversas promoções e condições de pagamento excelentes. Até mesmo aquele primeiro site que você visitou, oferece um preço melhor e te convida a comprar. Isso é segmentação.
Os seus dados obtidos pela loja por meio de cookies permitem traçar o seu perfil. Com ajuda do Google Adwords e do Facebook Ads, você passa a ser alvo dos anúncios. E certamente já está pensando em comprar a TV, já que as promoções estão ótimas. Esse tipo de anúncio segmentado tem taxas de conversão altíssimas, pois acerta o alvo na mira: você.
Concluindo, não apenas entenda como fazer a coleta de dados, aprenda a utilizá-las a seu favor
A palavra de ordem é: estratégia. É importante que você desenvolva estratégias com base nos dados do usuário coletados pela sua empresa.
Para concluir esse artigo, precisamos reforçar. Atualmente, o usuário é bombardeado por e-mails e anúncios diariamente. Você precisa se destacar na multidão.
A estratégia de segmentação de dados oferece as mais variadas maneiras de fazer os resultados do seu negócio crescer. Abordar os seus produtos e serviços de forma genérica e falar com os usuários de maneira impessoal é mais do que jogar dinheiro fora. É “dar um tiro nos pés”, como se diz.
Não falar diretamente com o seu usuário, é não falar com ninguém
Trace estratégicas de marketing mobile, notificações por push, copywriting com a linguagem correta. Tudo isso pode ser potencializado se você simplesmente coletar dados, analisá-los e traçar estratégias assertivas, 100% segmentadas para o seu público.
Personalizando a experiência por meio dos interesses que você já descobriu que seu usuário tem, você adquire importância e relevância para ele. Daí para a frente, é só ver o sucesso aparecer!